"Bons ou maus hábitos precisam de tempo para adquirir força. Maus hábitos poderosos poderão ser destronados pelos bons hábitos opostos se estes forem cultivados com paciência." (Paramahansa Yogananda)
Imagine a seguinte situação em uma reunião: quando uma pessoa apresenta uma idéia, ela é imediatamente submetida a um processo de dissipação de outras idéias que resultam em simpatia e repulsa.
Os que simpatizam absorvem o que mais lhe agradam. Os que repugnam, eliminam os pontos fracos, e, em breve, de toda a façanha nada sobra senão a crítica, não dando se quer uma oportunidade de concordância.
Seja o que for idealizado, sempre se encontra vinte das mais belas idéias a favor e vinte contra. Seria como no amor, na política, na religião. O gosto tem de ser diferente p/ que todos terem a sua parcela, mesmo na ignorância.
Assim é com o pobre de espírito que nunca apresenta nenhuma idéia, mas critica quando alguém o faz. As manifestações de pessoas assim repousam na insegurança. Nelas imperam a suposição, hipótese, presságio, dúvida, inclinação, preconceito, persuasão, exemplificação e outros estados de semi-certeza. E seguindo essa ordem, a opinião se encontra mais ou menos no meio.
Se o que exprimimos com palavras, mesmo que grandiosas, em geral é mera opinião, o que exprimimos sem palavras o é sempre.
Nossa realidade é, em maior parte, apenas expressão de opinião (lê-se pobreza de espírito). Podemos imprimir uma expressão determinada à nossa vida e isso sempre se dá por causa de uma opinião alheia. É apenas uma opinião, mas se comporta como convicção e age como se fosse inabalável.
Eras e séculos se erguem, mas por de trás dos montes uma voz sussurra: “Não mudou até hoje, não mudará mais”.
Na vida, procuramos o que é firme com a mesma insistência de um animal terrestre caído na água. Por isso a importância do Saber, do Direito e da Razão.
Dedica uma parcela de tua solidão à serena reflexão sobre teu próximo, principalmente se não concorda com ele: talvez venha a entender e usar melhor o que te causa repulsa e aprenda a poupá-lo na fraqueza e a encorajá-lo na virtude.
O princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no reconhecimento do erro.
Quando um maluco sabe que está maluco, já não está tão maluco.

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